A Isabel é minha amiga! Discreta, reservada, meiga e educada! Isso sem falar em sua inteligência e seriedade profissional!
Quando a conheci, foi amizade (dessas raras!) à primeira vista, à primeira conversa, às primeiras confidências.
Eu, em processo de separação, ela recém separada.
Histórias diferentes, vontades iguais: cuidar dos filhos - eu, quatro; ela, uma. E dançar!
Em uma de nossas noites de dança, no aniversário da Márcia encontramos o Everaldo, também separado, que também gosta de dançar.
Percebi um brilho no olhar da Isabel, diferente do que já tinha visto até então!
E aí, começou a minha armação: conhecendo-a, como eu conhecia, era preciso "comer pelas beiradas", chegar com jeitinho, coisa de mineiro...
Inverti a situação e falei pra ela que notei o interesse do Everaldo (na verdade, ele se interessou em sair com a gente pra dançar!), se ela não queria dar uma chance... Ela, discretamente, aceitou minha proposta e começamos a investir no meu plano: começamos a sair toda semana e, eu sempre ligava para que ele viesse conosco! Ah! Esqueci de dizer que entre nossas companheiras de dança (um dia falarei sobre a turmadaraquel.com.br), havia uma "fila" de interessadas no Everaldo! Ele vinha e, como eu era "a chefe", sempre dançava comigo primeiro. Eu passava o tempo a falar de meus filhos e, lógico, da Isabel! E quando já achava que tinha despistado bem, dizia pra ele dançar com a "sub chefe".
Enfim, numa bela noite, show do Almir Sater, dei um ultimato à Isabel: daí pra frente, seria por sua conta! E para o Everaldo, perguntei o que ele estava esperando...
Driblei a última remanescente da fila para que eles pudessem ficar sozinhos e...
O resultado: 10 anos depois, já há bastante tempo vivendo juntos, fui convidada para ser madrinha do casamento - com juiz e tudo.
E o melhor disso tudo, o brilho no olhar já se estendeu a toda a família.
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