quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Reciclando

Lembram da Lara, minha netinha?
Pois é: ela está crescendo... Já quase não mama no peito!
Come frutas, comidinhas (e haja comidinhas!) e toma leite na mamadeira.
E, não dizem que vovó é pra estragar, ensinar "coisinhas" para os pais corrigirem depois?
Então! Tem coisa mais gostosa do que lamber o prato? (Depois a mamãe ensina que "não pode fazer isso na casa dos outros"...)


Quando não dá tempo de fazer a comidinha caseira, no capricho, a salvação são os potinhos que já vem com comidinhas prontas! Santos potinhos! E quantos potinhos!!!!!
O jeito, é reciclar, achar uma utilidade, antes de pensar em jogar no lixo.
O tio pintor já pegou alguns pra guardar as tintas...e a vovó também não deixou por menos!
Cozinheira assumida, faltava lugar pra tanto tempero: uma prateleira, alguns parafusos (dois para cada tampinha) e, algum tempo depois...


não falta mais!...

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Rosquinha de nata

Não é só a minha mãe que tem seu caderninho de receitas: eu também tenho o meu!
Lembro-me bem do meu primeiro livro de receitas. 
Bastou mandar um recorte de uma revista da época e recebi, pelo correio, meu grande presente: um livreto de 22 páginas, com receitas usando Pó Royal. 
O ano? 1965. Ano do IV centenário do Rio de Janeiro. Uma das receitas era anunciada assim: "faça em casa o bolo do IV centenário".
Isso tudo pra falar que, do meu caderno de receitas, saiu esta receita:


Ingredientes

3 xícaras (de chá) de farinha de trigo,
1 xícara (de chá) de nata,
1 1/2 xícaras (de chá) de açúcar,
2 colheres (de sopa) de manteiga,
3 ovos inteiros,
1 pitada de sal,
1 colher de pó Royal.

Misturar bem todos os ingredientes, até que a massa fique bem lisa e homogênea.
Fazer as rosquinhas e levar ao forno já aquecido.


domingo, 28 de agosto de 2011

Customizando...


Um final de semana tranquilo, é claro, no Canto do Tico-tico, acabou rendendo boas idéias, muito trabalho e uma grande satisfação no final!
O previsto, era trabalhar com a Rose. Ganhei um "bolo" e a casa ganhou cadeiras novas.
A gente começa customizando os objetos, as roupas... e acaba por customizar também a própria vida para que ela fique mais com a nossa cara. 
De um lado, as mãos trabalham sem parar, do outro, a cabeça fica livre pra pensar.
Uma musiquinha no fundo e, quando percebi que não tinha comido nada, já era quase meia noite!


Antes...


...e mãos à obra!   


Esta fita é linda! Multicolorida!
Aqui, foi necessário um novo assento pois a palhinha estava toda arrebentada.

A fita multicor acabou...



É 1...
... é 2







...e é 3!
customizar - Conjugar
(inglês to customize) 
v. tr. Adaptar às preferências do utilizador. = COSTUMIZAR, PERSONALIZAR

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

No caminho com Maiakóvski

Nem me lembro mais quando foi que li, pela primeira vez, o trecho em vermelho deste poema que foi por muito tempo atribuído ao escritor russo Maiakóvski mas foi, na verdade, escrito pelo brasileiro Eduardo Alves da Costa.
Transcrevo aqui todo o poema, lembrando ainda que foi escrito em 1964, em plena ditadura militar.

Assim como a criança
humildemente afaga
a imagem do herói,
assim me aproximo de ti, Maiakóvski.
Não importa o que me possa acontecer
por andar ombro a ombro
com um poeta soviético.
Lendo teus versos,
aprendi a ter coragem.

Tu sabes,
conheces melhor do que eu
a velha história.
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na Segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

Nos dias que correm
a ninguém é dado
repousar a cabeça
alheia ao terror.
Os humildes baixam a cerviz;
e nós, que não temos pacto algum
com os senhores do mundo,
por temor nos calamos.
No silêncio de meu quarto
a ousadia me afogueia as faces
e eu fantasio um levante;
mas amanhã,
diante do juiz,
talvez meus lábios
calem a verdade
como um foco de germes
capaz de me destruir.

Olho ao redor
e o que vejo
e acabo por repetir
são mentiras.
Mal sabe a criança dizer mãe
e a propaganda lhe destrói a consciência.
A mim, quase me arrastam
pela gola do paletó
à porta do templo
e me pedem que aguarde
até que a Democracia
se digne a aparecer no balcão.
Mas eu sei,
porque não estou amedrontado
a ponto de cegar, que ela tem uma espada
a lhe espetar as costelas
e o riso que nos mostra
é uma tênue cortina
lançada sobre os arsenais.

Vamos ao campo
e não os vemos ao nosso lado,
no plantio.
Mas ao tempo da colheita
lá estão
e acabam por nos roubar
até o último grão de trigo.
Dizem-nos que de nós emana o poder
mas sempre o temos contra nós.
Dizem-nos que é preciso
defender nossos lares
mas se nos rebelamos contra a opressão
é sobre nós que marcham os soldados.

E por temor eu me calo,
por temor aceito a condição
de falso democrata
e rotulo meus gestos
com a palavra liberdade,
procurando, num sorriso,
esconder minha dor
diante de meus superiores.
Mas dentro de mim,
com a potência de um milhão de vozes,
             o coração grita - MENTIRA!
 

Eduardo Alves da Costa

Tarte flambée (flammekueche)



A tarte flambée, um dos pratos típicos da região da Alsácia, surpreende pelo sabor: a mistura queijo, bacon e cebola, sobre uma massa bem fina, que você pode comer com as mãos mesmo, enrolada ou dobrada.
Um vinho branco (Sylvaner ou Riesling) para acompanhar ou, para quem não dispensa, uma "cervejinha" gelada.



Ingredientes
250 g de farinha
50 ml de óleo de canola 
1 pitada de sal
Um copo de água morna

Misture a farinha com o óleo, sal e água morna e amasse bem (se possível com a batedeira).  
A massa está pronta. Basta estendê-la bem fina sobre uma placa e acrescentar o recheio.

Recheio
Ingredientes: 
200 ml de creme de leite
100g queijo cottage
3 cebolas
Bacon picadinho
Sal, pimenta, noz moscada ralada
1 colher de sopa de óleo de canola.
Misture em uma tigela o creme, o queijo cottage. Adicione uma colher de óleo ou azeite, pimenta, noz-moscada ralada. 
Espalhe sobre a massa e jogue por cima um pouco de bacon picadinho e fatias de cebola bem finas. 
Aqueça o forno, em temperatura bem alta (acima de 300º. De preferência, use um forno para pizza.
Deixe de 8 a 10 minutos.
A torta deve começar a dourar.
Servir quente.

A volta...

É sempre difícil!
Esse é um de meus defeitos: gosto da continuidade, gosto de começar e terminar...
Quando algo deve ser interrompido, sempre acho difícil retomar!
E, um segredinho, tenho vários trabalhos inacabados: um lençol que comecei a bordar quando ainda era solteira (casei, tive filhos, mudei de casa várias vezes, descasei e já tenho uma netinha!) continua dentro do armário, mudo, esperando! Do jeitinho que foi abandonado!
Porta-brincos, porta guardanapos, sapatos de lã, bolsas, de tudo um pouco, esperando no armário...
Sempre digo que vou terminar (talvez um dia, até termine!) e nunca acho hora para retomar alguma coisa que tenha abandonado. Retalhos de todas as cores, fitas, linhas, botões e idéias...esperando!
Todo este "mea culpa" para justificar a minha ausência, o abandono do Canto do Tico-tico.
Pelo menos agora, estou voltando!
E quero continuar, vencer este desafio que é meu! 
Quem sabe esse seja um começo e eu ainda mostre aqui, enfim terminados, todos aqueles coitadinhos que me esperam, pacientemente, dentro do armário!
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...